domingo, 25 de março de 2018

O Mito das Cavernas.


 
 No mundo em que vivemos, só tem sentido para nós as coisas materiais e sensoriais que percebemos.
Na nossa prática pedagógica, nas maiorias das escolas, inúmeras vezes só nós falamos, impedindo que os alunos se comuniquem, mantendo-os em silêncio.Nós educadores,detentores do saber,somos os donos da verdade. E os alunos "páginas em branco",precisam ficar quietos,somente ouvindo e copiando o que foi passado no quadro,mesmo que nada estejam entendendo. E depois, a resposta certa é passada para que confiram/copiem. Impedimos assim que tenham oportunidade de aprender a raciocinar por si mesmos para que pensando apenas no que queremos que pensem, não descubram que é preciso aprender não somente o que o professor tem o “poder” de mostrar, mas ver além das coisas concretas.Aquele raro aluno que aprendeu a pensar e consegue ver além dos textos pobres das cartilhas,como por exemplo "Ivo viu a uva" e descobre que por trás da uva existe um profissional que cultiva,colhe para os patrões ganhando às vezes salário de fome e questiona, quer saber mais sobre isto, qual o contexto,se tem sentido ou não, é rotulado de indisciplinado, aluno problema ou maluquinho que deve ser punido ou receber tratamento neurológico. E o aluno que descobriu um dos problemas da escola e por isso é rotulado de problemático,  acaba se acomodando a ver somente o que é mostrado. Acreditando que somente o que é mostrado é verdadeiro e que não é preciso raciocinar, porque sempre alguém faz isto por ele, se acomoda na vida medíocre sem esperança de possibilidade de crescimento.

   E  assim o principal objetivo da educação de qualidade social que é formar cidadãos críticos,participativos capazes de compreender claramente e transformar  a realidade não é atingido.

  Como educadora, penso que é importantíssimo repensar a nossa prática pedagógica  constantemente e como avó,ou família de aluno, que é preciso acompanhar e questionar a educação que está sendo transmitida para nossas crianças.  É o tipo de educação que pensamos para elas? É este o mundo que esperamos que construam com criatividade para viver ou preferimos que passem o resto de suas vidas, concordando, copiando, assimilando e repetindo o que lhes é transmitido na escola, na sociedade ou pela mídia?
                                                                                Terezinha das Graças de Souza Couto- Psicopedagoga.
                                                                                                   Fonte: Publicado em Minhas Joias Preferidas .








sexta-feira, 16 de março de 2018

Histórias matemáticas.


CRIE E ILUSTRE HISTÓRIAS MATEMÁTICAS:

Faça as operações(continhas) armadas.      


                  23 + 12 =

a)__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

                                 Desenho                                                                                   continha






 


          

              12 - 11 =

b)__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

                                 Desenho                                                                                   continha






 


          







sábado, 10 de março de 2018

Escola- Paulo Freire.


Escola é...
O lugar onde se faz amigos.
Não se trata só de prédios,
Salas e quadros,
Programas, horários e conceitos. Escola é, sobretudo, gente.
Gente que trabalha, que estuda,
Que alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente.
O aluno é gente.
E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte.
Como colega, amigo, irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com as pessoas
E descobrir que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como tijolo
Que forma parede,
Indiferente, frio, só...
Importante na escola
Não é só estudar,
Não é só trabalhar.
É também criar laços de amizade.
É criar ambiente de camaradagem.
É conviver, é ser “amarrado nela”.
Ora, é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se,
SER FELIZ!!!

Paulo Freire

Saberes essenciais à prática educativa.

 Podem falar o que quiserem, mas na minha opinião, o grande educador brasileiro Paulo Freire foi e continua sendo referência na Educação. Ele assumiu o compromisso social de conscientizar, especialmente os jovens e adultos marginalizados,sem condições de usufruir uma vida digna para levá-los a  entender, criticar e lutar para  transformar a situação de opressão que viviam.

 Suas ideias de educação para mudança social fizeram com que se tornasse fonte de inspiração para educadores  do passado e do presente e acreditamos que também do futuro

Sua obra impregnada de otimismo e de esperança nos dá a certeza de que a Educação possibilita  a tão sonhada libertação,desde que a escola exerça realmente o seu papel de transformação social preparando alunos críticos e participativos,capazes de analisar e criticar a realidade e agir sobre ela modificando-a.


Paulo Freire escreveu diversas obras, entre ela, a Pedagogia do Oprimido, Educação e Mudança e Pedagogia da Autonomia, no qual  Paulo Freire descreve os saberes necessários à prática educativa.

Alguns saberes que são essenciais na prática pedagógica como a ética e a estética, a competência profissional, o respeito pelos saberes do educando e o reconhecimento da identidade cultural, rejeição de todas e quaisquer formas de discriminação, a reflexão crítica da prática pedagógica, a corporeificação, o saber dialogar e escutar, o querer bem aos educandos, ter alegria e esperança, ter liberdade e autoridade, curiosidade e consciência do inacabado.

Finalmente relata sobre a perseverança. Todo este processo de construção utópica exige uma profunda perseverança para transformar as dificuldades em um campo de possibilidades.


REFERÊNCIA:
FREIRE, PAULO Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 33 ed.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Transtorno déficti de atenção e hiperatividade


REFLEXÃO PSICOPEDAGÓGICA SOBRE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE E INSUCESSO ESCOLAR


A psicopedagogia ocupa-se do aprendiz em seu processo de aprender e de ensinar, levando em consideração as realidades objetivas e subjetivas que habitam o entorno da criança e do adolescente. Considera também o conhecimento em sua complexidade e numa dinâmica em que os aspectos afetivos, cognitivos e sociais se complementam. Sendo assim, não apenas o desempenho escolar interessa, mas todas as relações de aprendizagem que a criança ou o jovem estabelece. Esse conjunto dimensiona e caracteriza a queixa.
Tendo como objeto de estudo o ser cognoscente e todo o seu universo relacional, a psicopedagogia se estrutura como interdisciplinar e tem tomado para si a tarefa de não fragmentar o aprendiz em compartimentos estanques, ou ainda, não supervalorizar determinados episódios em detrimento de outros. Vale dizer que ao fazermos uma avaliação diagnóstica não é suficiente conhecer em que patologia ele foi “enquadrado”, mas como ele se comporta e vem desenvolvendo ao longo de sua vida, qual o significado desses sintomas em sua família, como a escola entende e acolhe as manifestações da criança e, finalmente, se a família e a escola estão realmente mobilizadas para acabar com as queixas.
Entende-se que o objetivo da psicopedagogia é ajudar na adequação da realidade da criança à sua possibilidade de aprendizagem, promovendo uma ponte entre a criança e o conhecimento. Investigar e considerar como ela aprende, o que ela aprende e quando ela não aprende, por que não aprende, investigando também o seu “prazer de aprender”.
Alícia Fernández afirma que:

Entre o ensinante e o aprendente abre-se um campo de diferenças onde se situa o prazer de aprender. O ensinante entrega algo, mas para poder apropriar-se daquilo o aprendente necessita inventá-lo de novo. É uma experiência de alegria, que facilita ou perturba, conforme se posiciona o ensinante. Ensinantes são os pais, os irmãos, os tios, os avós e demais integrantes da família, como também os professores e os companheiros na escola.
(2001, pg 29)

É importante analisar, para tanto, do que a família exatamente se queixa quando procura um psicopedagogo. Ela pode vir ao consultório porque está exausta e precisa de ajuda, ou porque a escola pediu uma avaliação, ou ainda, porque a psicóloga quer uma visão psicopedagógica para traçar uma estratégia de abordagem junto à escola, ou ainda porque o neurologista mandou. Para cada demanda, lê-se uma necessidade diferente e uma possibilidade de envolvimento mais ou menos comprometida com a criança e seu desenvolvimento. É diferente se a queixa se concentra na preocupação dos pais com o futuro de seus filhos, ou se a queixa tem por interesse o bom andamento das avaliações escolares.
Posto dessa forma interessa-nos não apenas se a criança sofre de um transtorno, um déficit ou uma síndrome, mas também quem são os ensinantes dessa criança. Esse dado será fundamental para traçarmos um plano de ação que se estenda à família, à escola e aos outros profissionais que podem estar envolvidos no processo.

Os pontos em comum

Tem sido muito comum nos consultórios de psicopedagogia a queixa de pais que verdadeiramente desabam, denunciando estarem exaustos com a rotina estressante que seus filhos lhes impõem. Discorrem as várias estratégias já tentadas com o objetivo de atendê-los em suas necessidades e agitação, todas elas, na maioria das vezes, ineficazes. Os pais compreendem o que acontece com seus filhos e ficam perplexos diante do tumultuo que causam em suas famílias. À medida que se estabelece a anamnese, é comum os pais se referirem ao transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH).No entanto, junto com a demonstração de conhecimento do fato, aparece o discurso de que seus filhos são inteligentes, que quando lhes interessa prestam atenção, que eles aprendem só o que não é para aprender, que eles esquecem as matérias da escola, mas lembram com detalhes das regras de um game. Enfim, evidencia-se a dúvida em relação ao transtorno por entenderem que, se tivessem o transtorno (TDAH) teriam de ser menos inteligentes e menos competentes de forma geral.
O mesmo acontece com os professores. Quando procurados para saber o motivo pelo qual encaminharam ou deram apoio para a procura de um diagnóstico psicopedagógico de determinado aluno, é comum revelarem que ficam na dúvida entre um transtorno de Déficit de Atenção e o perfil de preguiçoso. Muitos professores entendem o comportamento de uma criança agitada e dispersa como falta de vontade para estudar, para fazer as lições, terminar uma prova, etc. Quando tentamos tipificar o comportamento, os professores afirmam que quando eles desejam, fazem; que eles não param quietos, no entanto ficam horas e horas na frente do computador ou tocando um instrumento, não decoram a tabuada, mas sabem cantar uma música inteira. Alguns professores  reclamam que esses alunos são terríveis, não param quietos e não respeitam regras e contratos disciplinares, porém sabem todas as regras do futebol. Percebem que a criança é inteligente para algumas coisas e muito ágeis mentalmente para tudo que lhes interessa, menos para os estudos.
Ouvindo tanto os pais quanto os profissionais da escola o que se percebe é o cansaço que essas crianças causam em seus pais e professores e a dúvida de como eles, sendo tão ágeis e inteligentes, não conseguem prestar atenção e desenvolver, com sucesso, atividades corriqueiras do dia-a-dia, que são propostas tanto pela família quanto pela escola, tais como arrumar o quarto, fazer as lições escolares, obedecer a regras combinadas, dentre outras. A incapacidade de prestar atenção ou de ficar quieto leva os adultos que convivem com essas crianças a considerá-las malandras e, freqüentemente, são rotuladas de irresponsáveis, malcriadas, endiabradas, avoadas, surdas e até mesmo, pouco inteligentes. O rol costuma ser de adjetivos pejorativos e, como resultado, os pais e educadores vivem conflitos entre sentirem-se impotentes diante da criança e a vontade de ajudá-los. Não percebem o esforço que essas crianças fazem para obter sucesso em suas tarefas e que se fazem coisas com aparente facilidade é porque estavam altamente estimulados para aquela investida.

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade

Esse transtorno tem por característica essencial “um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade, mais frequente e grave do que aquele tipicamente observado nos indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento”. (Manual de Transtornos Mentais – DSM)
Quando a criança apresenta problemas de convívio social, de rendimento escolar, ou ambos, fica mais fácil identificá-los e encaminhá-la para atendimento. O diagnóstico é clínico e caracteriza-se por duas formas: predomínio do padrão hiperativo-impulsivo e tipo predominantemente desatento, embora possa haver o tipo combinado, que apresenta características dos dois grupos.
Para ser considerado portadora de TDAH é preciso que a criança apresente os sintomas há mais de seis meses e que eles apareçam em situações diversas.[1] A criança predominantemente hiperativa-impulsiva apresenta inquietação, não parando sentada ou quieta -  não se mantém sentada por muito tempo, cai da cadeira, se mexe mais do que o necessário, anda mais do que o necessário, fala excessivamente, não consegue esperar que o outro termine o que está falando, tem muita dificuldade em permanecer em silêncio, responde a perguntas antes que elas sejam formuladas completamente, age como se fosse “movida a motor” e tem dificuldade para esperar sua vez.
A predominantemente desatenta tem dificuldade para prestar atenção, esquece coisas rotineiras ou deixa de fazer coisas importantes, parece não ouvir quando se fala com ela, tem dificuldade de organização e não enxerga detalhes. Freqüentemente perde objetos e não suporta atividades que requeiram esforço mental prolongado.
Ambas podem, ainda, apresentar dificuldade para terminar uma tarefa, para respeitar limites e regras, para dormir e para relacionar-se. Algumas crianças não suportam frustrações e, por consequência, frustram-se muito; outras não avaliam o perigo, não aprendem com os erros do passado e são difíceis de agradar. Há, também, as que são agressivas, inflexíveis e com percepção sensorial baixa. Muitas crianças têm dificuldades com a aprendizagem e com as tarefas escolares.

O diagnóstico: como avaliar?

Para se chegar a um diagnóstico satisfatório, é necessário que a criança apresente pelo menos seis dos sintomas acima relacionados, em ambientes diferentes como casa, escola, clube, casa de parentes, etc., e que os sintomas tenham aparecido antes dos sete anos de idade.
O encaminhamento para um neuropediatra é imprescindível para isolar outras possibilidades diagnósticas como depressão, ansiedade, conduta destrutiva, e outros diagnósticos.Paralelamente ao exame médico, busca-se entender as queixas da família e as queixas da escola. Algumas crianças já têm atendimento psicológico, outras necessitarão desse atendimento.
Precisamos tipificar a dinâmica familiar da criança: a qualidade das relações parentais e filiais, o exercício da autoridade, a divisão de tarefas domésticas, a circulação do conhecimento, o lugar de cada um na família, assim como é imprescindível conhecer o seu contexto educacional: o colégio e a metodologia adotada por ele, as exigências acadêmicas, o tipo de atividades propostas pelos professores, como trabalham os conteúdos, o tempo destinado a cada aula, como lidam com a indisciplina e o tipo de avaliação de desempenho escolar.
Como o TDAH é considerado um distúrbio biopsicossocial que atinge de 3% a 5% as crianças em idade escolar, e preferencialmente meninos, o seu conhecimento e a existência de um plano estratégico construído para cada criança é diferencial determinante no tratamento. Muitas famílias acreditam que, com a maturidade, o déficit desapareça e optam por aguardar “que essa fase passe”. No entanto, o mais comum é persistir a dúvida, apesar do diagnóstico quanto à forma mais eficaz de trabalhar com a criança, ou até mesmo, duvidar da veracidade das informações e dos sintomas listados, “Se estivesse interessado, lembraria....” ou ainda, “Isso para mim é pura irresponsabilidade...”
O diagnóstico é clínico e não existem exames laboratoriais para detectar o déficit, portanto, é importantíssimo um conjunto de observadores atentos e criteriosos voltados ao objetivo de avaliar cada criança em suas especificidades.
É ponto de concordância que avaliar é necessário para que possamos entender e atender com competência a criança com TDAH, no entanto, não é raro a escola ou a família receber o diagnóstico e não saber o que fazer com ele. Não basta termos o diagnóstico em mãos, é necessário avaliarmos a situação sob o ponto de vista biológico, social e acadêmico. É importante destacar que a TDAH tende a perdurar ao longo da vida, ou seja, ela pode ser controlada, mas os adolescentes e adultos também sofrem as suas manifestações, principalmente se não forem tratadas.
No diagnóstico clínico, o neuropediatra dará as informações da situação orgânica da criança, mas geralmente a queixa aparece por uma necessidade escolar ou de relacionamento.
Nessa perspectiva, a avaliação visa reorganizar a vida escolar e doméstica da criança e do adolescente e, somente neste foco ela deve ser encaminhada. Vale dizer que fica vazio o pedido de avaliação apenas para justificar um processo que está descomprometido com o aluno e com sua aprendizagem. “De fato, se pensarmos em termos bem objetivos, a avaliação nada mais é do que localizar necessidades e se comprometer com sua superação” (VASCONCELOS, 2002, p 83 ).
Devemos ter muito cuidado ao avaliarmos uma criança, pois a hiperatividade está “em moda”. Todas as crianças agitadas são chamadas de hiperativas, o que, na grande maioria das vezes, não é verdade. A falta de limites e da presença de pais e professores educadores e disciplinadores pode vir a confundir e a rotular, inadequadamente, crianças e adolescentes que, de fato, não precisam de medicamentos, mas da presença de adultos comprometidos com sua formação e desenvolvimento.

O insucesso escolar

As crianças com TDAH, em sua maioria, até sabem o que deveriam fazer, mas devido à inabilidade de controlarem-se, não agem como sabem que deveriam – agem antes de pensar! Vale dizer que elas sabem que deveriam prestar atenção na aula, mas não prestam, levantam-se apesar de saberem que não deveriam levantar.
O TDAH não afeta a inteligência da criança, mas a sua aprendizagem. Na maioria dos casos, as crianças e adolescentes tem uma boa ou até mesmo excelente condição de aprendizagem, fato que se dissocia das produções escolares que chegam a ser medíocres, em muitas situações.
Na escola, por exemplo, se é dado um exercício com uma sequência de operações, muito possivelmente ela consiga fazer as duas primeiras e depois não veja as próximas, ou esqueça algum sinal. Na leitura de um enunciado, ao chegar ao final não lembra do que leu e afirma não ter entendido, ou ainda, esquece o que leu. Se for impulsiva, responde algo que lhe vem na mente naquele momento. Ao ler um livro, depois de ter lido umas dez páginas não sabe do que está tratando o livro.  Em um teste escrito, poderá responder às questões da primeira página e entregar sem perceber que o teste continuava no verso da folha. Basta um cachorro latir lá fora para essa a criança ou adolescente perder a sua concentração. É o tipo de criança que, quando se dá conta, já fez o que prometeu não fazer, já perdeu a explicação que precisava tanto, já brigou, enfim...
Em casa necessitam de ajuda para fazer as lições, têm suas coisas em desordem, não sabem o que é para fazer ou estudar, esquecem a agenda na escola, levantam-se para pegar um copo de água e não voltam para suas tarefas...
 Nesse cenário, o insucesso escolar fica vinculado à compreensão que se tem do papel da escola. Se entendermos que o papel da escola é construir conhecimento com “todos” os alunos, certamente os profissionais da escola procurarão formas de promover aprendizagens. A rigidez da escola pode gerar, além do fracasso escolar e do sentimento de incapacidade, uma situação emocional desfavorável à aprendizagem, gerando baixa auto-estima e desestimulando e dificultando, ainda mais, a aprendizagem da criança ou do adolescente. Não é raro um aprendiz apresentar-se dizendo: “Sou burro para os estudos.”Igualmente importante e, talvez até mais determinante, é a rigidez da família ao não aceitar seu filho como ele é e entender que cada um de nós tem suas dificuldades e pontos a serem superados. Respeitar e apoiar o aprendiz em seus propósitos de desenvolver-se é fundamental no caso das crianças hiperativas.

Como intervir?

Não basta termos um diagnóstico adequado e nem a escola propor-se a adequar estratégias metodológicas para que a criança ou o adolescente consigam aprender e se instrumentalizar academicamente.
É importante reunir, para conversarem, os profissionais que atendem a criança, a família e os professores e coordenadores pedagógicos da escola que freqüenta, para que seja traçado, para cada caso, uma linha de ação em termos de responsabilidades da escola, da família e dos profissionais que lidam com a criança. O que deve permear essa reunião é a coerência entre as diferentes propostas e possibilidades concretas de se realizar o que se propõe.
A escola assume o papel pedagógico do processo, no entanto, respaldada pelos profissionais que atendem a criança e validado pelos pais. Os pais montam estratégias domésticas, orientados pelos profissionais e validados pelos professores da escola. E os profissionais traçam objetivos que atendam às demandas dos pais e dos professores. Todos devem se reunir sistematicamente para avaliar a evolução e reprogramar estratégias.
Para cada criança ou adolescente deve-se estabelecer uma estratégia diferente que esteja em consonância com os objetivos e queixas dos pais e professores. Para cada escola um tipo de atendimento e de trocas. Com isso queremos dizer que não existe receita e nem uma proposta de “comece por aqui”, mas uma forma de entender e atender a cada uma das crianças, individualmente.
Entendemos como o mais importante, a disposição dos pais em modificar comportamentos e hábitos, ou seja, sair da queixa, entendendo que todos devem mudar juntos para continuarem sendo família. Também é primordial a escola abrir-se para esse “multiálogo” até conseguir acertar uma forma de atingir a criança e motivá-la a trabalhar. Certamente que não se acerta de primeira, que é preciso persistir, conversar, tentar novamente, reavaliar e continuar estudando.
Entendemos que o grande objetivo da escola e da educação é construir sujeitos aprendizes, autores de sua vida e resilientes para promoverem aprendizagens e enfrentarem suas dificuldades.
Temos de nos reunir, em posturas de parceria de modo que todos se voltem ao ajustamento de procedimentos que viabilizem o desempenho acadêmico e social das crianças que apresentem dificuldades com sua aprendizagem. Entendo que uma família ou uma escola que tem uma criança ou adolescente com TDAH não tem um problema, mas uma situação para administrar. Porém, se não for encarada com seriedade, competência e sensibilidade, aí sim, pode vir a tornar-se um transtorno em suas vidas.

Urge passar à ação, assumindo a idéia de que o desenvolvimento de  capacidades de desenvolvimento no sentido de tornar as pessoas e as organizações mais resilientes é uma prioridade na formação do novo cidadão. Mais, é um imperativo social e comunitário não só a nível local mas também regional e global, planetário. O mundo está a ficar demasiado rígido e intolerante, autoritário, ditaturial, para defender os interesses egoístas de um número cada vez mais reduzidos de privilegiados face à grande maioria dos que vivem com dificuldades, desprotegidos, e, até, em extrema pobreza, miséria e outras formas de exclusão.
(Tavares, 2001, p.63)

É nesse quadro que proponho a avaliação psicopedagógica e o planejamento de uma intervenção multidisciplinar, pautada no compromisso de promover desenvolvimento, auto-estima e condições de maturidade emocional para resolver problemas e amadurecer o ser cognoscente.

Referências bibliográficas:

FERNÁNDEZ, A O saber em jogo A psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Porto Alegre, Artmed, 2001.

Manual Diagnóstico  de Transtornos Mentais – DSM-IV-TR, da Associação Psiquiátrica Americana.

TAVARES, J. Resiliência e Educação.  São Paulo: Cortez, 2001

VASCONCELLOS, C.  Avaliação da aprendizagem: construindo uma práxis. In: Temas em educação -  I  Livro da Jornadas de 2002. Futuro Eventos.


 Fonte: site www.hiperatividade.com.br

Problemas interessantes de Matemática



1. Uma pessoa vendeu duas bicicletas por R$ 600,00 cada uma. Numa venda teve um prejuízo de 20% e noutra um lucro de 20%. No total:
Teve lucro
Teve prejuízo
Não teve lucro nem prejuízo



2. Se fossem duas horas mais tarde, faltaria para meia-noite a metade do que faltaria se fosse uma hora mais tarde. Que horas são?
22 horas
21 horas
20 horas


3. Alguns meses tem 31 dias; quantos tem 28?
Um
Nenhum, em ano bissexto
Todos


4. Quantos noves (9) existem entre 0 e 100?
20
11
10


5. Um frasco contém um casal de um tipo de insetos. Esses insetos reproduzem-se e o seu número dobra todos os dias. Em 50 dias o frasco está cheio. Em que dia o frasco esteve pela metade?
24
49
25


6. Que altura tem uma criança que é 2 metros menor que uma árvore de altura igual ao triplo da altura da criança?
1,50 m
1,20 m
1,00 m


7. Temos 4 correntes de 3 elos cada uma. Queremos unir as 4 para formar uma corrente fechada. Abrir um elo custa R$ 20,00 e fechar custa R$ 30,00. Quanto devemos gastar?
R$ 100,00
R$ 150,00
R$ 200,00


8. Um mendigo tem 25 bitucas e necessita de 5 bitucas para formar um cigarro inteiro. Quantos cigarros poderá fumar?
6
5
4


9. Quantas vogais há entre P e T?
Uma
Duas
Nenhuma


10. Uma lesma deve subir um poste de 10,00 metros de altura. Durante o dia sobe 2,00 metros e à noite desce 1,00 metro. Em quantos dias atingirá o topo do poste?
11
10
9

Sugestão de sequência didática

      SEQUENCIA DIDÁTICA : IDENTIDADE TEMA : Família,nosso bem maior. Turma : 1º   e 2º ano.   SEQUENCIA DIDÁTICA CONTEÚDOS : ...